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Aos 42 anos, descobri que tinha Alzheimer: meu testemunho

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Aos 42 anos, descobri que tinha Alzheimer: meu testemunho

Aos 42 anos, descobri que sofria de Alzheimer: este é o meu testemunho. O meu nome é Florence Niederlander e esta é a minha história.

Alzheimer aos 42 anos: o choque inicial

O momento da revelação

Em 2012, após apresentar sintomas preocupantes como esquecimentos frequentes e desorientação, fui diagnosticada com Alzheimer. Os primeiros sinais manifestaram-se através do comportamento repetitivo, perda de memória e confusão diária. Foi o meu filho, então com 12 anos, quem primeiro se inquietou com estas mudanças.

Uma realidade difícil de aceitar

Aceitar este diagnóstico não foi fácil. Afinal, eu estava na flor da idade, com muitos planos pela frente. Levará tempo para ajustar-me a esta nova realidade.

Agora que partilhei o choque inicial da notícia, permitam-me levá-los a entender melhor a realidade desta doença quando ela se manifesta precocemente.

A verdade sobre a doença de Alzheimer precoce

Desconhecimento generalizado

Muitas pessoas associam o Alzheimer apenas ao envelhecimento, mas há uma forma precoce da doença que afeta pessoas mais jovens como eu. Esta falta de conhecimento geral provoca mal-entendidos dolorosos e perpetua estigmas.

Adaptação constante à progressão dos sintomas

A vida com Alzheimer não é estática. Os sintomas evoluem e, com eles, a minha capacidade de realizar tarefas quotidianas. Cada dia traz novos desafios, mas também aprendizagens valiosas.

Compreender o que estava a acontecer foi apenas o início. Seguiu-se uma fase de busca por confirmação.

O caminho para um diagnóstico confirmado

A jornada até ao diagnóstico definitivo

Depois do choque inicial, comecei a busca por respostas. Consultei neurologistas e fiz numerosos testes antes de receber o diagnóstico definitivo. Durante esta fase, testemunhei em primeira mão a importância da deteção precoce.

Vivendo com incerteza

Até à confirmação do diagnóstico, vivi numa constante incerteza. Foi um período angustiante, repleto de dúvidas e medo do desconhecido.

Após o diagnóstico, enfrentei outro desafio: partilhar a notícia com os meus entes queridos.

Anunciando aos familiares e enfrentando os estigmas

A difícil tarefa de informar os entes queridos

Anunciar aos meus entes queridos que eu tinha Alzheimer foi provavelmente uma das coisas mais difíceis que já fiz na minha vida. As reações foram variadas: desde choque e negação a total apoio.

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Confrontando tabus e estigmas

A doença de Alzheimer carrega consigo uma série de estigmas, que tive de enfrentar. Lutar contra esses preconceitos foi e continua a ser um desafio diário.

Entretanto, com o tempo, aprendi algumas estratégias para lidar com a minha nova realidade.

Adaptando a rotina diária ao Alzheimer

Mudanças na rotina e nas atividades diárias

A vida como eu conhecia tinha mudado. Tive de me adaptar, reorganizar as minhas rotinas e aprender novas formas de fazer coisas que antes eram triviais.

O papel da escrita na memória

Graças à escrita, encontrei uma forma de manter minhas memórias vivas. Escrevo regularmente em cadernos, partilhando as minhas experiências e ajudando-me a lembrar.

Apesar dos desafios, descobri várias maneiras pessoais de enfrentar a doença.

Estratégias pessoais para enfrentar a doença

Resiliência e adaptação

Ser resiliente tornou-se uma necessidade. Aprender a viver com o Alzheimer é um processo contínuo de adaptação, onde crio novas estratégias para lidar com os desafios.

O poder do otimismo

Mantenho-me positiva sempre que posso. Ainda há momentos de felicidade que posso desfrutar, apesar da doença.

Entretanto, seria impossível lidar com tudo isto sem o apoio crucial da minha família e dos profissionais de saúde.

O papel essencial do suporte familiar e profissional

Compreensão e apoio dos entes queridos

A minha família tem sido a minha rocha. O seu apoio e compreensão têm sido essenciais para me ajudar a enfrentar esta jornada.

Suporte médico inestimável

Os profissionais de saúde têm desempenhado um papel fundamental na minha vida. A sua orientação ajuda-me a lidar melhor com os sintomas e a viver uma vida mais normalizada.

Apesar de toda a dificuldade, decidi usar a minha experiência para ajudar outros.

Tetemunhar para quebrar os estigmas da doença

Illuminando a realidade do Alzheimer precoce

Partilho o meu testemunho para aumentar a consciência sobre o Alzheimer precoce. Ao fazê-lo, espero desmistificar alguns equívocos associados à doença.

Destacando as necessidades específicas dos pacientes jovens

As pessoas jovens com Alzheimer têm necessidades específicas, que precisam ser abordadas. Espero que ao compartilhar minha história, possa destacar essa necessidade urgente.

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Concluindo este relato pessoal, gostaria de reiterar alguns pontos-chave.

Nos últimos anos, aprendi muito sobre viver com Alzheimer aos 42 anos. A importância da detecção precoce, a necessidade de adaptação constante, o papel do apoio familiar e médico, entre outros fatores, têm sido essenciais na minha jornada. Embora seja um desafio diário, acredito que partilhar a minha experiência pode contribuir para uma melhor compreensão desta doença e, assim, ajudar quem vive situações similares. Viver com Alzheimer não significa deixar de viver.

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